terça-feira, 30 de abril de 2024

The wheel of fortune always goes round...

...Whatever goes up must always come down.

Pisquei e já se passaram quatro meses desse ano que parece que começou ontem. Minha mente estacionou em janeiro e ainda não caiu a ficha de que, daqui dois meses, estaremos no meio do ano. No. meio. do. ano. Às vezes acho que o planeta está girando um pouco mais rápido para ver se a gente some logo daqui. Não julgo, faria o mesmo. Talvez pior. Ironicamente, para mim, sinto como se tudo estivesse andando em marcha lenta e minha intuição me diz que tentar lutar contra esse processo não vai me trazer muitos benefícios. Bom, como uma boa bruxinha, que acredita e segue as filosofias de algumas linhas esotéricas, eu deveria entender que, assim como a roda do ano que tem seus ciclos sazonais ditados pelas estações, nossa existencia também tem ciclos. Alguns te pedem para puxar o freio, principalmente depois de ciclos desenfreados. Tudo é equilibrio e tentar sobrepujar os processos pode resultar em desastre ou num desgaste desnecessário. 


Entender tudo isso na teoria é muito fácil, mas quando paro para olhar para minha vida, é dificil não sentir que não estou sendo/fazendo/conquistando o suficiente. Será um fardo inerente de todo ser humano se sentir insatisfeito sempre? Talvez. Os meses desse ano - para não ficar me repetindo sobre os do ano passado - ainda tem sido uma grande jornada de volta ao meu centro, ao meu encontro, à quem eu sou e ao que quero de verdade. Uma jornada que tento trilhar sem pressa.

Desde janeiro tenho colocado meu corpo, alimentação e objetivos estéticos em primeiro lugar e tenho me sentido bem com isso. Essa rotina tem tomado boa parte dos meus dias, o que por um lado é bom, mas por outro nem tanto, demanda tempo, energia e eu como uma pessoa que infelizmente ou felizmente - às vezes tenho minhas dúvidas - possui muitos hobbies e atividades que me fazem sentir úteis e completa nessa existência que passa tão rápido, acabo ficando sem tempo para todo o resto que amo fazer. Isso porque, por enquanto, não estou vendendo minha alma ao capitalismo (o que também é um problema). Me pergunto como vai ser quando voltar a trabalhar... Os dias são tão curtos para tudo o que eu gostaria de fazer.


Fato é que, apesar dessa minha sensação de que a vida está se arrastando para mim ultimamente, eu de fato consegui iniciar projetos que estavam na gaveta há tempos, como: Dançar. Fazem três meses que comecei aulas regulares de tribal fusion - essa dança maravilhosa, tão misteriosa, sombria e extremamente elegante - que era meu sonho aprender. Esta sendo um prazer e uma descoberta. Uma redescoberta, um reecontro com o meu corpo, através dos movimentos sinuosos, calculados, flúidos ou energicos, liberados através de músicas que vão de encontro ao que está dentro dos nossos corpos, apenas aguardando uma chance de se expressar. Esta sendo uma liberação de uma parte de mim que estava guardada, esperando a oportunidade de sair.



A tônica da minha vida tem sido de fato meus hobbies. Voltei a fotografar, aos poucos estou voltando à cantar e nesse sentido algumas coisas legais estão cozinhando - pelas quais estou super ansiosa. Estou tentando voltar a me dedicar à alguns conteúdos que gosto de fazer - sem obrigações ou compromissos sem sentido - que dêem vazão à minha criatividade que passou tanto tempo adormecida. Algumas rotas estão sendo recalculadas na minha vida profissional e estou aproveitando esse tempo "de folga" das garras do mercado de trabalho para me encontrar novamente. Para fazer sentido e me dar o minimo de prazer. Mas algo tenho certo em minha mente: Minha vida particular, é e sempre será minha prioridade. 

No ultimo final de semana, tive o prazer de ir no Summer Breeze festival assistir minhas bandas favoritas ao vivo. Shows ao vivo para mim tem um toque diferente porque ouço com ouvidos de quem canta e tudo se torna uma chance de apreciar e aprender. Foi uma experiencia indescritivel e uma descarga de inspiração e dopamina. Também senti alguns impulsos sociais retornando ao encontrar pessoas queridas e ter um tempinho de divertimento com elas. Aquela antiga vontade de sair e ver gente, aos poucos, está voltando.


Assim como esse texto, me sinto ambígua, entre a satisfação de pequenas realizações e novos projetos e a marcha lenta da vida em geral. Mas, não será isso de que se trata existir no final das contas? Uma eterna busca pela realização entre bons e maus momentos, sem nunca chegar ao objetivo final. Talvez a vida seja sobre o caminho e não sobre o destino. Eu ficaria mais em paz com isso se nossos dias não fossem contados. Essa conta nunca fecha.

P.S: Se o calor acabasse, eu me sentiria 70% melhor sobre tudo isso...


Musica do titulo do post


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